resenha Brasil
Os Africanos no Brasil
Nesta leitura do livro “Os Africanos do Brasil”, Nina Rodrigues faz comparações entre o negro do nosso Brasil e negros de outras nacionalidades. Além disso, faz uma critica aos nossos estudiosos que não se preocuparam em conhecer a origem dos negros que aqui chegaram e deram origem a nossos mestiços.
A maior comparação com os negros aqui no Brasil é com os norte-americanos. Nina faz uma relação ressaltando que nos Estados Unidos, por exemplo, os negros eram uma raça concentrada no Black Bell do sul e isolada da raça branca, eles sofriam uma formal exclusão. Já nossos negros que aqui chegaram por conta da falta de mão-de-obra principalmente por parte do índio, não eram isolados em apenas um local do Brasil, mas estavam presentes em grandes quantidades espalhados por todo o solo brasileiro.
Em apena 20 anos (1798-1818) os negros do Brasil passaram a ser a maior população do país, com um total de 1.728, sendo que grande parte do restante da composição brasileira já correspondia a mestiços, oriundos de negros, brancos e pardos. Esse não isolamento dos negros no Brasil propagou a sua disseminação, e segundo Nina contaminou a raça branca brasileira.
O autor também ressaltou a importância de estudos sobre a origem de nossos negros, como foi realizado com o negro norte-americano. Nina faz referencia a Bleek, cientista brasileiro, se refugiar por vários anos na África para estudar os negros, quando na verdade “nós que temos o material em casa” (RODRIGUES, 2008, p.30). O único estado brasileiro que fez estudos sobre o nosso negro africano foi a Bahia, mas ainda assim é um processo fadado, uma vez que os poucos negros africanos que restaram são de idade avançada.
Os cientistas que estudaram os negros africanos na Bahia chegaram a uma conclusão de que nossos negros descendem dos Bantos, negro da África meridional, que Nina descreve como a pior raça negra que existe, o tipo mais inferior,