Resenha "Boa noite, Boa sorte"
Um filme dirigido por George Clooney, com roteiro escrito por Clooney e Grant Heslov, produzido em outubro de 2005 e indicado à seis categorias no Oscar em 2006. "Boa noite, Boa sorte" traz como tema principal a luta pela liberdade de expressão no jornalismo dos anos 50 nos Estados Unidos, o país se encontrava em um momento pós Segunda Guerra Mundial e ameaça de comunismo.
O enredo gira em torno do embate político entre o jornalista Edward R. Murrow (David Strathairn, indicado ao Oscar pela atuação) e o senador Joseph McCarhty, que era contra e perseguia quem fosse a favor do comunismo e da política esquerdista. Um detalhe importante e brilhante do filme é que não há nenhum ator interpretando o senador McCarthy, suas cenas foram feitas a partir de imagens salvas do arquivo do senador.
Ed Murrow é âncora do programa See It Now da rede de televisão CBS, chefiada por Fred Friendly (George Clooney), junto com o repórter Joe Wershba (Robert Downey Jr.) e sua equipe, eles decidem expor ao país as mentiras contadas pelo senador McCarthy. O filme traz diversos casos a tona, como o de Milo Radulovich, tenente da Força Aérea norte americana que foi considerado um risco a segurança nacional por manter ligações com seu pai e irmã, que eram de orientação política esquerdista. O longa metragem mostra também o suicídio de Don Hollenbeck (Ray Wise), jornalista que foi acusado de ser comunista pela mídia.
A pequena parcela de romance fica com Joe e Shirley Wershba (Patricia Clarkson) que mantinham seu casamento em segredo para que continuassem trabalhando na CBS, já que a rede não permitia relacionamento entre os funcionários. A fotografia do filme é preta e branca, fator que somado aos diálogos elaborados e ao jazz que é cantando nas mudanças de cena, nos leva diretamente à década de 50.
O título do filme são as palavras que o verdadeiro Edward Murrow usava para encerrar todos os seus programas, "Boa noite, Boa sorte". O longa cumpre com