Resenha Bilateria

Os animais com simetria bilateral, ou os Bilateria, têm três tecidos embrionários e muitos podem se mover com eficiência usando um esqueleto hidrostático. É provável que a origem da condição triploblástica tenha ocorrido logo após o aparecimento das primeiras formas bilaterais, visto que a bilateralidade e a condição triploblástica geralmente ocorrem concomitantes em invertebrados recentes. Com o surgimento da triploblastia e a origem do mesoderma foi possível então a evolução de músculos alinhados e das cavidades preenchidas por líquidos, tornando assim os movimentos dirigidos e muito mais eficientes.
Existem várias ideias relativas à origem da simetria bilateral dentro de Metazoa, mas dentre essas as mais famosas são a teoria sincicial de Hadzi ou a plácula de Bütschli. Mas há também as teorias coloniais, onde os primeiros animais bilaterais surgiram de um ancestral semelhante a uma gástrula. Jägersten sugeriu que a blastéia passou a ter um estilo de vida bentônico, invaginou-se e então assumiu a bilaterialidade. Assim, teríamos o primeiro metazoário com uma gastréia bilateralmente simétrica, conhecida como a “bilaterogastréia de Jägersten) e então a partir deste organismo outros grupos principais surgiram.
A maioria das filogenias propostas estão baseadas na visão de que duas linhagens filogenéticas surgiram durante a evolução da simetria bilateral e da triploblastia, principalmente entre os celomados. Estes celomados podem ser colocados ao longo de uma ou outra dessas linhagens, que são os chamados protostômios e deuterostômios. Estes dois formam grupos distintos de bilatérios, diferindo-se quanto ao modo como executam importantes processos de desenvolvimento, especialmente a gastrulação. Nos protostômios – proto (primeiro) e stoma (boca) - a gastrulação forma primeiramente a região da boca, enquanto que nos deuterostômios – deutero (segundo) - forma-se primeiro a região anal e depois a boca.