clássico da literatura A Revolução dos Bichos, criado pelo escritor, jornalista e ativista político George Orwell, em 1944, é considerado um dos melhores livros em língua inglesa do século XX. O autor, que era marxista-trotskista, pretendeu, com esta alegoria, compor uma sátira bem-humorada ao comunismo stalinista, que o ameaçou durante a Guerra Civil Espanhola. Esta obra se vale do reino animal para representar as imperfeições humanas e fulminar o regime criado por Stalin na antiga União Soviética. Na época em que foi escrito, o livro foi rejeitado pelas editoras, pois o russo nele satirizado era então parceiro dos ingleses e dos norte-americanos, no período correspondente à Segunda Guerra Mundial. No final deste confronto é que Orwell conseguiu publicá-lo e transformá-lo em um sucesso de público e de crítica. A Revolução dos Bichos, indicada pela revista norte-americana Time para figurar entre os cem melhores livros escritos no idioma inglês, aborda uma trama repleta de traidores e seres corrompidos pela sede de poder. Os animais residem na Granja do Solar, comandada pelo Sr. Jones; nela convivem porcos, galinhas, vacas, cães, gatos, cavalos, gansos e pássaros, os quais, descontentes com o chefe do local, cedem às instâncias do porco Major e se rebelam contra a autoridade constituída. Major alega ter sonhado com um recanto no qual todos os bichos são iguais e capazes de governar e sustentar a si mesmos; duas semanas após o início da revolta, este porco aparece morto, alimentando ainda mais a ideia de rebelião. Os animais têm um objetivo, criar o Animalismo, que resume os ideais de todos. A revolução finalmente é realizada e os humanos são expulsos do lugar. Agora os bichos são chefiados por outro porco, Bola-de-Neve; sob seu comando todos geram uma nova organização, semeiam e colhem, são educados, elaboram marcos comemorativos, hinos, emblemas e festas. Todas as questões são discutidas coletivamente na Granja dos Bichos. Mas outro porco, Napoleão,