Resenha: Beleza
Matéria: Estética
Resenha Critica: Beleza: Harmonia e Perfeição - Understanding Beauty (1994)
É sempre difícil e assustador definir a beleza, decifrar ou estabelecer normas e padrões tornando-a um produto racional e lógico. O documentário de inicio trás contradições e declarações o tanto torpes sobre a percepção humana de suas próprias características, a afirmação da modelo Paulina Porizkova de que “quanto mais atraente esta pessoa é para uma massa, mais comum esta pessoa é, porque mais pessoas podem se identificar com ela”, me parece um entendimento errôneo e medíocre sobre os seres humanos e as demais sociedades fora da sociedade europeia, definir a percepção da beleza humana da inter-relação social de identificação e afetividade apenas por uma assimilação do subconsciente se torna insuficiente para definir a percepção da beleza de qualquer individuo.
Em seguida se afirma que consideramos certos rostos bonitos porque o consideramos saudável, que o saudável é um rosto simétrico, pois a simetria anuncia saúde física, mais uma vez se tem uma definição da percepção humana de uma forma inconclusiva e medíocre sobre a percepção humana de suas relações sociais. Pesquisas de afinidade reprodutiva de pássaros não trazem diretrizes as afinidades humanas, pois uma sociedade instintiva se difere de uma sociedade impositiva. Onde a complexidade das relações humanas se difere das percepções afetivas primitivas de pássaros. Há diversos estudos que comprovam que nosso cérebro busca por simetria, assim como busca uma ordem lógica e racional em todas as coisas. A facilidade em achar esta razão lógica é atraente ao subconsciente humano, mas não determinante de afinidade. O antropólogo Sergio Teixeira em seu artigo “Produção e consumo social da beleza” ¹ relata sobre o entendimento da beleza :
“A beleza pode ser percebida tanto pela visão como pelos demais sentidos, como já disse; já o reforço se dá em seu espírito, enfatizando