Resenha: Batalhas Sonoras cap. II
Cap. 2: A Voz da América no front: o serviço de radiodifusão oficial dos Estados Unidos
Enquanto a Europa já havia começado suas transmissões de rádio, usando-o como um canal de propaganda ideológica, os Estados Unidos só consolidaram sua difusão de programas radiofônicos em 1941, com a criação do Foreign Information Service, pelo presidente Franklin Roosevelt. A resistência do Executivo americano impediu tentativas de montar uma emissora de rádio oficial destinada a combater a propaganda alemã. Na década de 1930, ocorriam basicamente os “Boletins de Rádio”. O governo americano se preocupou principalmente com a propagação de sua ideologia e cultura. O primeiro programa americano transmitido na Ásia foi em dezembro de 1941, por uma rádio californiana. O rádio tornou-se em 1942, a principal fonte de informações sobre a guerra para os americanos. Por isso, o governo requisitou entre as estações de ondas curtas comerciais, aquelas com capacidade para transmitir sinais de rádio ao exterior. Em junho do mesmo ano, a rádio americana passou a ter programação em diversos idiomas além do inglês. O programa Voz da América, dirigido por John Housema, se manteve fiel à premissa de que a verdade deveria ser dita, mesmo que fosse desfavorável aos Estados Unidos. Aos poucos, o programa foi criando conceitos seguidos internacionalmente. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, vários serviços em vários idiomas foram suspensos total ou parcialmente. A Voz da América sobreviveu, pois recebeu interferência de uma comissão privada, instituída pelo Departamento de Estado. O rádio obteve mais destaque como mídia a partir do ataque à base de Pearl Harbor. Nos dias seguintes ao ataque, o presidente Franklin Roosevelt declarou a criação do Departamento de Censura. Houve censura às notícias em que houveram dúvidas sobre a pertinência da divulgação da informação. A criação da Voz da América, portanto, ocorre em uma