Resenha análise psicossocial do preconceito contra homossexuais
O artigo traz uma rica introdução sobre o preconceito e suas novas formas. A definição mais utilizada de preconceito é a de Allport (1954) que diz que o preconceito é “uma atitude evitativa ou hostil contra uma pessoa que pertence a um grupo simplesmente porque ela pertence àquele grupo, e está, portando, presumindo que objetivamente ela tem as qualidades atribuídas ao grupo”. No entanto, devido aos novos contextos da sociedade, novas formas de preconceito são expressas, a fim de “atender” às normas do igualitarismo.
Dessa maneira, o preconceito se divide entre as seguintes formas: o flagrante e o sutil. O preconceito flagrante é a forma mais tradicional, direta e aberta. O preconceito sutil é a forma mais contemporânea de discriminação, discreta e indireta, atendendo assim a norma social da não discriminação. O artigo apresenta uma nova forma de apresentação do preconceito sutil: a infra-humanização. Essa é a visão que expressa o sentido de que alguns humanos são considerados menos humanos do que outros. Assim, os “argumentos” do preconceito são não somente a desvalorização do exogrupo alvo do preconceito, mas a valorização do endogrupo.
O preconceito contra homossexuais tem ainda muito poucos estudos da Psicologia Social no Brasil, o artigo aponta para apenas uma pesquisa, realizada em 14 capitais brasileiras. Os resultados dessa pesquisa apontam para a expressão flagrante do preconceito contra homossexuais, pouco preocupada em atender às normas do igualitarismo. O artigo traz que existem cinco categorias de explicações para o homossexualismo que estão diretamente relacionadas com a forma como os homossexuais são vistos pela sociedade, são elas: explicações biológicas, psicológicas, religiosas, ético-morais e explicações psicossociais.
A pesquisa apresentada pelo artigo