Resenha - antropologia
Para entender o presente, a professora do Departamento de Sociologia e pesquisadora do Centro de Estudos Rurais e Urbanos, Maria Isaura Pereira de Queiroz, autora responsável pelo prefácio do livro, acredita que não podemos ignorar o passado, algo que acontece quando se trata do estudo da antropologia em algumas disciplinas ministradas no Brasil – país em construção, com raízes no futuro.
Com esta obra, os leitores podem aprender um pouco sobre a antropologia, tendo conhecimento dos seus conceitos iniciais, um panorama geral da área do saber, sendo recomendada não somente para estudantes e especialistas de Ciências Sociais, mas também outros acadêmicos.
De acordo com François Laplantine, o homem sempre se interessou em observar homens, refletir sobre seus comportamentos e a sociedade, mas foi somente no final do século XVIII que esta ação se tornou um saber científico. A antropologia ou projeto antropológico surgiu na Europa, pois outras regiões permaneciam inexploradas.
O autor do livro explica que nesta época, as sociedades estudadas pela antropologia eram as que ficavam distantes geograficamente, de dimensões restritas, que tiveram poucos contatos com os grupos vizinhos; cuja tecnologia é pouco desenvolvida em relação a nossa; e nas quais há uma menor especialização das atividades e funções sociais. Ou seja, a antropologia estudava as populações que não pertenciam à civilização ocidental.
Todavia, como é abordado no livro, com a evolução social, essas sociedades primitivas acabaram desaparecendo, fazendo com o que a antropologia tivesse uma crise de identidade, graças ao seu objeto de estudo.
A antropologia passou, então, a considerar as múltiplas dimensões do ser humano em sociedade,