Resenha - Amélie Poulain
Carolina Busolin Carettin R.A. 130472-4
Dirigido pelo francês, Jean-Pierre Jeunet, “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, 2001) chama a atenção por vários aspectos.
A história começa a ser contada de forma inusitada: o narrador diz que dia é, as horas e alguns fatos cotidianos que estão acontecendo na cidade. Freiras que jogam futebol no pátio do convento. Um senhor que apaga o nome do amigo da lista de telefones após seu falecimento. Essa forma de narrativa segue por todo o filme.
De forma linear e cronológica, conhecemos a infância e adolescência de Amélie Poulain e os fatos inusitados que cercaram seu desenvolvimento. Filha de um médico e de uma mulher neurótica, Amélie tinha amigos imaginários quando criança.
A trama tem dois clímaces: quando Amélie, já adulta e fora da casa de seus pais, encontra uma caixinha de recordações em seu apartamento e quando ela tenta devolver um livro de fotografias ao seu dono. Saindo de sua rotina, Amélie vê tudo como uma grande aventura.
A fotografia e direção de arte do filme ajudam a compor essa atmosfera de história extraordinária, com grandes atos de coragem. O diretor de fotografia Bruno Delbonnel usou várias técnicas para deixar a imagem mais parecida com um cenário de contos de fada, realmente fabuloso: filtros, como os que usa-se no Instagram; e a sobreposição das cores vermelha e verde. Segundo Jeunet, a fotografia foi inspirada no trabalho do pintor brasileiro Juarez Machado e tem referências de Van Gogh.
As cores dão ritmo à história, que se desenrola de forma que Amélie se depara com um dilema: não é hora de se ajudar? Solitária, ela pede ajuda a seu amigo pintor, o “homem de vidro”.
Em uma das conversas que os dois têm sobre um quadro em particular, ele diz: “Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que