Resenha amélia damiani geografia e população
Contexto, 1991 (Coleção Caminhos da Geografia).
Neste livro, Amélia Damiani analisa e busca decifrar a partir dos elementos mais simples e abstratos, à compreensão do conhecimento da população. A população é a base e o sujeito de toda atividade humana, e, para entendê-la é necessário conhecer vários aspectos, elementos resultados e conseqüências. O texto é constituído pelas idéias de superpopulação e modo de subsistência da população. As teorias ou reflexões, como as de Malthus, neomalthusianos e, as de Marx fazem parte significadamente no modo de produção existente na atualidade. Serão abordados nesta resenha, apenas dois capítulos do livro, que se dá a partir das páginas 07 (sete) até a 46 (quarenta e seis), sendo, o 1º Capítulo composto por uma Introdução, e, o 2º Capítulo que trás como título: Concepções Sobre População. Tendo vista que, a Geografia da População cria embates para interpretação dos fenômenos urbanos, políticos, econômicos, entre outros, já no século XIX, ocorreram transformações que mudariam o ritmo de produção mundial, o desenvolvimento de grandes maquinários e a mecanização que, substituíra a manufatura. Essa situação acarretou no Ludismo, que é um movimento contrário à mecanização do trabalho, trazida pela revolução industrial. Segundo Malthus, a causa verdadeira da miséria humana não era a sociedade dividida entre proprietários e trabalhadores, entre ricos e pobres. A miséria, na verdade, seria um obstáculo positivo que, atuou ao longo de toda a história humana, para reequilibrar a desproporção natural entre a multiplicação dos homens, ou seja, o crescimento populacional e, a produção dos meios de subsistência. A miséria para Malthus, é, portanto, necessária, ficando o pobre com a parte menos favorecida, ou, a pior parte. Para Marx, o pobre não é somente aquele privado de recursos, mas aquele incapaz de se apropriar dos meios de subsistência, por meio do