Resenha. alice no país das maravilhas
Hoje em dia é comum dizer Acorda Alice. Está no país das maravilhas?, principalmente para quem vive no mundo da lua, ou literalmente no país das maravilhas. Brincadeiras à parte, muitas pessoas não conhecem esta personagem de Lewis Carroll que tem idade para ser a sua tatatara...avó.
Alice é uma garota meiga e jovem que ainda encanta marmanjões e criancinhas de todo o mundo. Ela vive num mundo totalmente mutável. Seu país é construído na confusão da realidade e a verdade omitida ou mundo inventado e completamente ao contrário.
Carroll mostra toda a sua inteligência nesta real comédia em que o abstrato torna-se concreto. Obra perfeita a qual mostra que fora realmente escrita para crianças (digo isto pelo fato de haver o toque de magia na história). Lewis tinha facilidade com as crianças, então teve a idéia de fazer um livro com histórias infantis. Em seus dois livros a personagem Alice revela como o mundo humano é montado.
Com sutileza nos faz pensar nas questões: Quem sou? Por que sou? Alice não parece sentir, mas parece saber distinguir o 'sonho-perigo' e 'real-perigo'. A personagem sonha com animais e um reinado totalmente diferente. Um mundo em que a identidade, personalidade, tamanho, memória, lugar, língua, conhecimento, distância, gramática, sensação, velocidade, progresso e tempo são completamente simples de serem mudados.
É com tanta riqueza de texto que a história improvável de Alice que o leitor descobre-se envolto a um mundo inteligente completamente criado. Cabe aos leitores saber aproveitar cada preciosidade desta obra.
Sobre o autor: Lewis Carroll é o pseudônimo de Charles Lutwidge Dodson (1822-1898), escritor e matemático inglês. Conhecido por seus livros infantis Alice no País das Maravilhas (1865) e Alice no País dos Espelhos (1872). Charles diplomou-se em matemática em Oxford (1854) e foi ordenado diácono (1861), mas não seguiu carreira religiosa. Por ser gago e tímido, preferia a