Resenha adeus ao trabalho
“Adeus ao trabalho?” São Paulo: Cortez, 1995. p.158
Resenhado por Diogo Dias
Lançado em 1995 o livro “Adeus ao trabalho?” tem sido muito utilizado no meio acadêmico por muitos ligados a área de sociologia. Tem um histórico de sucesso e podemos atribuir parte deste sucesso por ser um livro de fácil compreensão, apesar de tratar de temas complexos, sua estrutura organizada e os temas envolvem o leitor e o levam a refletir. Entre os temas abordados estão: os trabalhadores de “chão de fábrica” estariam em extinção? A classe trabalhadora está perdendo sua importância e não possui mais papel central na sociedade moderna? O livro está dividido em quatro capítulos que comentaremos individualmente a seguir, e possui também diversos artigos que foram publicados e são de muita qualidade.
FORDISMO, TOYOTISMO E ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
Neste capítulo são discutidas as alterações sofridas pelo trabalho. O autor comenta sobre a crise que a classe trabalhadora vem passando, e reflete sobre as influencias que esta causa no mundo do trabalho e até na subjetividade dos trabalhadores. O mundo do trabalho atual possui múltiplas formas de apresentação, onde não existem modelos padrões de gestão. O fordismo e o taylorismo não são considerados os únicos sistemas de produção, o autor considera que o toyotismo é a forma com maiores chances de sucesso e propagação na sociedade atual, e que ele será a resposta para a crise do fordismo. Tal tendência citada pelo autor traria riscos para os trabalhadores, e colocaria os europeus como principais prejudicados. A esse contexto multiforme se inserem também novos padrões de gestão como “neofordismo”, “neotaylorismo”, e o “posfordismo” todos com uma inclinação para idéias sócio-democratas. As novas formas de gestão são parte da reestruturação do processo capitalista, parte responsável pela otimização do processo de acumulo de capital e pela melhoria na eficiência de exploração da