Resenha 2 - Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social, Attico Chassot

A alfabetização científica dita por Chassot provém de observações não só dele, porém de mais autores, no que diz à compreensão científica. Inicialmente o autor comenta a vertiginosa mudança do perfil do aluno da década de 80/90 para os dias atuais. Com o advento da internet e a conectividade e a facilidade da informação, a referência do conhecimento foi invertida da escola - sociedade para sociedade - escola. O ensino na década de 80/90 era basicamente de transmissão massiva de conhecimento científico, importando somente quanto o aluno captava e reproduzia fidedignamente o que lhe foi passado. Como o autor diz o aluno era um depósito de conhecimentos, muitas vezes esquecendo posteriormente o conteúdo após as provas serem aplicadas. Hoje isto já não pode mais ocorrer no ensino de ciências. A necessidade de uma alfabetização científica serviria como um catalizador para o ensino em ciências, inicialmente sendo usada no ensino fundamental extrapolando até níveis superiores de ensino. Esta alfabetização que o autor propõe seria ensinar como uma linguagem a ciência, tornando o aluno capaz de interpretar e compreender, sendo assim capaz de transformar o que está ao seu redor. Ao final, Chassot volta a evocar uma alfabetização científica em todos os níveis, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, sendo esta alfabetização capaz de contribuir para uma melhor compreensão de conhecimentos, procedimentos e valores. E enaltece que a ciência é uma faca de dois gumes, tendo seu lado nobre e benfeitor quanto seu lado capitalista, evocando que indiferentemente da aplicação do conhecimento, a alfabetização em ciência é necessária.