Requisitos dos pisos
A terceira parte da NBR-15.575 (Norma de Desempenho) abrange o desempenho dos sistemas de pisos destinados às áreas de uso comum e áreas privativas das unidades, tratando dos pisos internos e externos, cujo desempenho depende da interação entre todos os componentes, e não só da camada de acabamento. E a segurança em uso desse sistema tem cada vez mais atraído a atenção da comunidade técnica sobre a proteção do ambiente construído. É justamente nos pisos que se encontra um dos fatores de risco mais preocupantes aos usuários de uma edificação, por serem notórias as consequências decorrentes de uma queda, principalmente para pessoas idosas, cujo histórico de ocorrências registra casos de prolongada incapacidade e até mesmo de invalidez permanente ou morte. Embora sejam ocorrências previsíveis, podem ser evitadas, desde que haja atenção a alguns requisitos na especificação dos materiais e sistemas construtivos.
No tópico das definições é importante destacar os conceitos empregados, como propagação superficial de chamas, que é o alastramento da combustão na superfície; estanqueidade, propriedade de um elemento de impedir a penetração ou passagem de fluidos por meio de seu corpo; ruído de impacto, som produzido pela percussão sobre um corpo sólido; ruído aéreo, som produzido e transmitido pelo ar. Um ponto importante foi a diferenciação entre áreas molhadas, molháveis e secas, sendo as primeiras aquelas que, pela condição de uso e exposição, podem resultar na formação de lâmina d’água (exemplo: banheiro com chuveiro); as segundas, aquelas que recebem respingos de água (exemplo: banheiro sem chuveiro); e as últimas, aquelas em que não está prevista a utilização direta de água (exemplo: sala).
Prosseguindo, encontramos a resistência ao fogo, propriedade de suportar o fogo e proteger ambientes contíguos e a capacidade de confinar o fogo e manter a estabilidade por determinado período; sistema de piso, aquele