Requisitos de Qualidade
REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS
11.5.1 FUNCIONALIDADE
A funcionalidade diz respeito àquilo que o software faz quando solicitado pelo usuário, como, por exemplo: imprimir um relatório, apresentar dados na tela ou registrar uma informação em uma base de dados. A característica se refere à capacidade para o cumprimento de tarefas; em outros termos, se uma dada função foi implementada ou não no programa. A maneira como essa função é executada é algo que pode ser avaliado em função de outras características.
Pode-se dizer que esta característica é idêntica aos “requisitos funcionais” definidos por Sommerville [2003]: “Os requisitos funcionais para um sistema descrevem a funcionalidade ou os serviços que se espera que o sistema forneça.” A ISO/IEC 9126 determina que seja estabelecido um escopo quando se faz a definição de funcionalidades de um programa. Um exemplo simples é o caso de gravação de informações em um arquivo: o escopo aqui representa espaço suficiente em disco para que a operação seja bem-sucedida. Outras funções podem apresentar requisitos menos óbvios e que devem ser explicitados no momento de elencar os requisitos. Diz-se que é preciso definir um contexto de uso para avaliar ou definir a funcionalidade.
A subcaracterística de adequabilidade é representada no software pela capacidade de prover funções corretamente adaptadas às necessidades do usuário. Por exemplo: um programa de controle de hotel pode oferecer um cadastro de clientes exigindo preenchimento de diversos dados. Para um determinado usuário, isto pode ser inadequado, pois caso se deseje efetuar um check-in rapidamente apenas com o nome do hóspede, o programa não permitirá. A função de cadastro existe, mas não está bem adaptada às necessidades do hotel.
A acurácia pode ser exemplificada em programas envolvendo cálculos, como softwares para engenharia. Uma vez que o computador trabalha com precisão limitada, o