República Velha
No entanto, ficou claro que os humildes deveriam se contentar com a sua situação, o que gerou grandes conflitos. Trataremos aqui de dois deles: a Guerra de Canudos e a Revolta da Vacina.
Guerra de Canudos
Durante o governo de Prudente de Morais, na Bahia do século XIX, o nordeste presenciou uma das mais significativas revoltas sociais, chamada de Guerra de Canudos (1896 – 1897). Suas causas basicamente foram a insatisfação popular que não tinha terra e estava cansada com a precariedade ao qual era submetida as famílias mais pobres com os arroubos dos coronéis, somando-se ainda com o descaso do governo.
Com toda a revolta presente, os sertanejos criavam meios para amenizar seu sofrimento, uns optavam pela emigração, outros escolhiam o banditismo social (cangaço) e tinha também o misticismo religioso que era um apoio imaginário espiritual. Esse misticismo quase sempre se desenvolvia em torno de um líder que tinha um discurso capaz de mobilizar, com promessas, as populações ao seu redor.
Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, foi um desses lideres. Os moradores do arraial acreditavam ser ele um divino mestre, que já praticara até milagres. Foi Conselheiro que fundou o vilarejo denominado Canudos, No ano de 1896, o arraial contava com mais ou menos 20 mil sertanejos que repartiam tudo entre si, negociando o excesso com as cidades vizinhas, adquirindo assim os bens e produtos que não eram gerados no local.
Os habitantes de Canudos precisavam se resguardar e decidiram então organizar milícias armadas, pois era de se esperar uma reação contrária da parte dos coronéis e da Igreja Católica. Enquanto a igreja perdia seus