República Velha - Economia Brasileira
A economia agroexportadora apresentava uma elevada vulnerabilidade visto que a demanda dependia das oscilações do crescimento mundial. Crises internacionais afetavam diretamente as exportações, criando dificuldades para toda economia brasileira já que todas as atividades dependiam direta ou indiretamente do desempenho do setor exportador cafeeiro.
O maior problema no sistema agroexportador adotado pelo Brasil era o descompasso entre a base produtiva e a estrutura de consumo, ou seja, a exportação é uma das únicas bases que determinava a renda nacional. Não havia investimentos em bens de consumo ou tecnologia, por exemplo; tudo era importado. Deste modo, qualquer problema no balanço de pagamentos (diminuição de exportações ou guerras) poderia ocasionar uma diminuição das importações, afetando diretamente as condições de consumo da população.
Um dos problemas da economia agroexportadora são as oscilações de preço do produto exportado. Quando o preço subia aumentava a lucratividade e parte desse lucro era reinvestido no próprio setor. Porém, esse reinvestimento não aumentou a remuneração dos trabalhadores empregados no setor cafeeiro, mas sim a quantidade de funcionários, já que nessa época (final do séc. XIX) o contingente de trabalhadores aumentou significativamente ocasionado pelo aumento do fluxo imigratório e pelo fim da escravidão. Por outro lado, quando o preço caia, também não havia queda nos salários, mas sim no volume de trabalhadores.
Questão 2: Descreva alguns mecanismos utilizados no Brasil durante a fase agroexportadora para enfrentar problemas de quedas de preços no mercado internacional de café.
Quando isso acontecia o governo utilizava dois mecanismos muito eficientes a curto prazo, porém, não positivos a longo prazo. Eram eles: A desvalorização cambial e a política de valorização do café.
Desvalorização cambial: O governo desvalorizava o câmbio fazendo