republica velha
Afonso Augusto Moreira Penna exerceu o quinto período de governo republicano, de 15/11/1906 a 15/11/1910. Advogado nasceu na cidade de Santa Bárbara do Mato Dentro, Minas Gerais. Tornou-se vice-presidente da República do governo Rodrigues Alves em substituição a Francisco Silviano de Almeida Brandão, falecido antes de tomar posse. Chega à presidência da República a 15 de novembro de 1906 por meio de eleições diretas, mas falece no Rio de Janeiro, a 14 de junho de 1909. Foi sucedido por seu vice, Nilo Peçanha, que ficou encarregado de concluir o mandato, de 14/06/1909 a 15/11/1910.
Afonso Pena optou por ministros jovens, com pouca experiência política, buscando fortalecer a autoridade federal. Por esse motivo, seus opositores satirizaram seu ministério chamando-o de “Jardim de Infância”. As exceções eram o ministério da guerra e o de relações exteriores, chefiados respectivamente por Hermes da Fonseca e o barão do Rio Branco. Seu caráter energético e juvenil, somado à sua pequena estatura rendeu-lhe o apelido de “Tico-Tico”. Enfrentou uma crescente mobilização de operários, classe que se ampliava com o aumento da população imigrante. Em 1908, uma greve deixou a cidade do Rio de Janeiro sem luz por cinco dias.
Uma das características que marcaram o período de Afonso Pena na presidência foi a reafirmação Convênio de Taubaté, acordo estabelecido no final do governo Rodrigues Alves que obrigava o Estado a comprar os excedentes de café. A política de valorização do preço do café ajudou a saldar os compromissos externos e a se obter um imenso lucro, revelando o sucesso da primeira iniciativa governamental no comércio.
Outro aspecto de seu governo foi a criação de parques industriais e a modernização das linhas férreas e dos portos de Vitória e Recife. Foi realizada ainda a Exposição Nacional de 1908, por meio da qual esperava difundir a imagem de um Brasil “civilizado”. Em 1907, foram disponibilizados os recursos necessários