republica romana
A República romana A passagem da monarquia à República, em Roma, pode ser analisada em termos da relação dos romanos com o seu espaço. Em outras palavras, podemos refletir sobre como tal processo de mudança política expressou e condicionou a constituição de novos espaços, em consonância com as novas organizações que a vida pública exigia. Houve, ao lado da criação de magistraturas e instituições que formaram a estrutura política da urbs, a onstituição de um espaço apropriado ou, melhor dito, a delimitação de um espaço público, que abrigaria e daria forma às instituições cívicas. É necessário recordar que, no mundo antigo, se observa uma nítida oposição entre o que é privado e o que é público. O primeiro, o âmbito privado, é o reservado, o íntimo, o próprio da família e, entre os romanos, considerado sagrado. O segundo é aquilo que se refere à vida exterior. E tal dialética se expressa materialmente na constituição dos espaços da vida romana. O espaço interior, no qual estão a família e os espíritos dos antepassados (em latim, os maiores), tem um centro: a lareira, que ilumina, aquece e aviva a casa (domus, em latim, de que derivam os termos doméstico, domínio etc.). O centro do espaço doméstico é o fogo, a