Republica dos Coronéis
Durante quarenta anos, o poder republicano no Brasil foi sustentado por um amplo pacto entre as oligarquias agrárias. O acordo se apoiava no poder local dos coronéis, que, como vimos, exerciam o mando político recorrendo a práticas viciadas e arcaicas, como a compra de votos, a troca de favores e a fraude eleitoral. Em 1930, a insatisfação criou as condições para um movimento revolucionário que mudaria esse quadro.
Republica dos Coronéis
Prudente de Morais, eleito pelo voto direto, foi o primeiro presidente civil. Teve seu governo marcado pela guerra de Canudos, em 1896/97. Mas coube aos sucessores Campos Sales e Rodrigues Alves a montagem do regime das oligarquias.
O primeiro renegociou a dívida externa através do Funding Loan, em 1898, e o segundo estabeleceu a política de valorização do café pelo Convênio de Taubaté (1906). Fixavam-se os tempos da hegemonia dos cafeicultores.
Com o “voto de cabresto” os coronéis dominavam as clientelas rurais e manipulavam as eleições; a política dos governadores consagrava a troca de apoio entre o governo federal e as oligarquias estaduais e tudo isso viabilizava a política do café com leite, ou seja, o domínio federal pelos cafeicultores de São Paulo e de Minas Gerais.
As difíceis condições de vida e a marginalização política impostas à maioria dos brasileiros explicam genericamente as principais revoltas que abalaram a I República. Assim, os movimentos messiânicos de Canudos (1896-97) e do Contestado (1911-15), as revoltas da Vacina (1904) e da Chibata (1910), na Capital, e a Greve Geral de 1917 eram sintomas dos problemas sociais da época.
Revolução de 1930
Em 1929, o presidente Washington Luís, do Partido Republicano Paulista (PRP), que sucedera Artur Bernardes (mineiro), lançou a candidatura de Júlio Prestes para sua sucessão. Prestes, que não tinha nenhuma relação de parentesco com o Cavaleiro da Esperança, era governador de São Paulo. Sua