Reprodução do capital e trabalho escravo
O texto de Philipe Aries é um analise importante para aqueles que se interessam em estudar o estagio primeiro do ser humano: a infância. Nessa perspectiva Aries mostra como eram vistas as crianças em alguns momentos da historia e como elas eram percebidos pela família e sociedade tanto enquanto ser, como relacionado ao trabalho por exemplo, associando-as em alguns momentos a imagem da inocência, da pureza e fragilidade, mas em outros percebida como se fosse um adulto em miniatura com obrigações e deveres semelhantes aos de maior idade.
A questão da idade é abordada por Aries como algo relativo, social e historicamente construído, bem como a sua importância para determinado grupo social, por exemplo, em nossa sociedade contemporânea freqüentemente temos que preencher fichas, formulários como dia, ano, mês de nascimento bem como a idade .
Essa relativização e construção histórica da noção de idade ou as fases da vida pode ser percebida quando discutimos a juventude que segundo Áries a “juventude significava a força da idade, idade media, não havia lugar para a adolescência. Até o século XVIII, a adolescência foi confundida com a infância” (1986:41), infância e adolescência essa, extremamente escalada em nossa sociedade ocidental, onde de 0 a 12 anos as pessoas são definidas como criança, de 12 a 18 anos adolescentes e assim por diante.
Um outro ponto importante na analise de Philipe é a associação da imagem das crianças a figuras divinas freqüentemente representadas em poemas e pinturas, mesmo com surgimento do “putto” no final do séc XVI, enquanto retratação de crianças nuas, essas eram vistas em uma perspectiva romântica, que “correspondia a algo mais profundo do que o gosto pel nudez clássica, a algo que deve ser relacionado com um amplo movimento de interesse em favor da infância” ( ARIES, 1986: 62) , estereotipando a noção de infância, pois, na verdade falar de criança é