Representação Política
Nome: Giovanni de Oliveira Almeida
Requerendo explicar a democracia representativa, Luis Felipe Miguel apresenta a dicotomia entre a expansão da democracia eleitoral, bem como, uma contradição que se baseia em uma redução de adesão dos indivíduos para com as instituições representativas, e para comprovar tal afirmação, utiliza-se de exemplos que apresentam três fatores que seriam capazes de buscar compreender tal deterioração nesta adesão popular, e são eles: declínio no comparecimento eleitoral, crescimento na desconfiança em relação as instituições representativas e, por fim, o esvaziamento dos partidos políticos; o que comprovaria uma tida crise de representação das democracias eleitorais, revelando que a participação do cidadão comum nesta esfera é praticamente ínfima (p. 1-4) .
Partindo desta premissa, recorre a contraposição entre pluralistas e elitistas, baseado em Mills, onde estes configuram-se como minoria monopolizadora das principais decisões; enquanto aqueles, segundo Dahl, promovem a existência de vários pólos de poder - distribuição das influências - que impedem a dominação de um em detrimento dos outros (perspectiva unidimensional da representação). Todavia, segundo Bachrach e Baratz, esta concepção é demasiadamente simplista, uma vez que, reduz o exercício político apenas a tomada de decisões controversas, não levando em consideração a "não-decisão", o que reflete no impedimento de expressar o conflito político (perspectiva bidimensional). Para acrescentar novos elementos a tal debate, conforme Lukes, há a necessidade de fazer com que os grupos possuam desejos contrários aos seus verdadeiros interesses e isso, para explicar a dimensão política (perspectiva tridimensional) (p. 4-7).
Após a verificação destes pressupostos, o autor, direciona-se em conceituar a democracia representativa considerando que sua prática não se adequa aos modelos correntemente tidos por ideais; e finalizando, remonta a representação política