Reportagem de Perfil: Washington Stecanela Cerqueira

A quem pertence o 'coração valente'
A tragetória de um dos maiores atacantes do futebol nacional. Os muitos desafios que venceu. E os novos desafios na carreira política.
Era uma quinta-feira de tarde, quando o atacante do Fluminense Futebol Clube,
Washington Stecanela Cerqueira, 35 anos, dirigiu-se ao auditório do hotel em que o time fez a pré-temporada, para dar uma notícia triste. Ele trazia uma expressão pesarosa quando se sentou ao lado do presidente da Unimed, Celso Barros, na coletiva de imprensa em que anunciaria sua aposentadoria do futebol.
A torcida tricolor já esperava pelo pior, desde que a renovação do contrato de
Washington com o clube ainda não havia sido firmada e, o atacante não participava dos treinos para a Copa Libertadores da América de 2011. Na coletiva de imprensa ele afirmou que não estava deixando o futebol por problemas de saúde, mas por escolha pessoal. Ele declarou:
- Foi um momento difícil demais. Mas é preciso ter humildade e hombridade. O que dei para o futebol e o futebol para mim não vai se apagar. Realizei meu sonho.
Na despedida o Coração Valente demonstrou toda sua emoção e desmanchou-se em lágrimas, no que foi amparado pelos pequenos braços das filhas Ana Carolina e
Catarina, na época com 8 e 3 anos de idade. Ele agradeceu todo o carinho da torcida fluminense. Então o capitão o Fred o convidou para ser o Embaixador do Fluminense na
Copa Libertadores daquele ano. Ao fim da coletiva as filhas cantaram a música que os torcedores criaram para o pai: “Coração valente, guerreiro tricolor. Washington é matador.” De Brasília
Nasceu em Brasília, já que os pais moravam na capital, a mãe era educadora na rede pública e o pai trabalhava no Ministério das Relações Exteriores. Seu nome é em homenagem ao pai, Antônio Washington, que é baiano. Ele conta que no dia de fazer o registro de nascimento, o pai deu a ordem para que o filho recém-nascido se chamasse
Marco Antônio e a filha de cinco anos, que ainda não