Reportagem beneficiários do '' valerioduto tucano''
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Novos documentos entregues à Polícia Federal de Minas Gerais sobre o caso do valerioduto tucano revelam pagamentos de propina a caciques do tucanato e ao ministro do Supremo, Gilmar Mendes e Editora Abril. A revelação está em reportagem da revista Carta Capital. O valerioduto tucano operou durante a campanha de reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. A reportagem de Leandro Fortes mostra que receberam volumosas quantias do esquema, supostamente ilegal, personalidades do mundo político e do judiciário, além de empresas de comunicação. Na lista constam o ministro Gilmar Mendes, do STF, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-senadores Artur Virgílio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (DEM-SC), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e José Agripino Maia (DEM-RN), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e os ex-governadores Joaquim Roriz (PMDB) e José Roberto Arruda (ex-DEM), ambos do Distrito Federal, entre outros. Também aparecem pessoas que atuaram no processo de privatização dos anos FHC, como Elena Landau, Luiz Carlos Mendonça de Barros e José Pimenta da Veiga. Os documentos reúnem declarações, planilhas de pagamento e recibos comprobatórios e foram entregues na quinta (26) à Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais. Todos têm assinatura reconhecida em cartório do empresário Marcos Valério de Souza, que depois seria acusado (pelo próprios tucanos, inclusive) como operador de esquema parecido envolvendo o PT, o suposto “mensalão”, que começa a ser julgado pelo STF no próximo dia 2 de agosto. A papelada chegou à PF pelo criminalista Dino Miraglia Filho, advogado da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que seria ligada ao esquema e foi assassinada em um flat de Belo Horizonte em agosto de 2000. Segundo a reportagem revista, Gilmar Mendes teria recebido R$ 185 mil do esquema. Fernando Henrique Cardoso, em parceria com o