RENE REMOND Cap 1 As Primeiras Colonias
No início do primeiro capítulo, o autor diz que os Estados Unidos recebeu do período colonial “o legado de uma população, de uma sociedade, de uma economia, de uma mentalidade, de uma parte de suas instituições políticas, de suas tradições jurídicas e instituições judiciárias, e também de alguns de seus problemas, como a questão do negro.” (REMOND, p.1)
Ele ressalta que o futuro Estados Unidos lembrava um sítio desprezado devido a contribuição de algumas causas naturais como o clima ora glacial ora sufocante, uma costa sem hospitalidade, pantanosa e cortada por lagunas ao sul, rochosa e cheia de arrecifes ao norte, não propiciando a penetração para o interior, uma floresta densa e cerrada. Não havia especiarias ou metais preciosos, então, para a colonização seria necessário que levassem homens sem os comuns interesses mercantis.
O princípio dessa colonização coincidiu com o início da Inglaterra. Nessa parte do mundo os ingleses chegaram por último, mas apesar do atraso na corrida das colônias e estando desfavorecidos sob todos os aspectos, eles levariam a melhor sobre seus concorrentes. No fim do século XVII a Grã-Bretanha era senhora de toda a costa.
Remond afirma que também que o povoamento se deu de forma variada, tendo como núcleo principal ingleses, escoceses e galeses, mas que também chegaram imigrantes das Províncias Unidas, da Suécia, da Alemanha e até da própria França, pois a revogação de Edito de Nantes, em 1865, gerou uma corrente de imigração protestante para a América. Esse é o motivo da diversidade de opiniões políticas e de crenças religiosas.
Todos os que fugiam do domínio de uma facção rival desembaraçavam em Potomac e Hudson. Chegaram cavaleiros, aristocratas e realistas caçados pelos “cabeças redondas”, puritanos banidos pela Restauração e os jacobitas.
O povoamento do litoral atlântico dos futuros Estados Unidos foi descontínuo com relação ao espaço. Eram colônias espalhadas de longe em