renda percapita
Publicado na sexta-feira, 11 de maio de 2012, as 14:39.
Houve, nos últimos anos, uma enorme inclusão de brasileiros que deixaram de ser consumidores de segunda categoria. O País hoje pode ser considerado uma economia de classe média, e mais de 61% das mais de 60 milhões de famílias são compostas por classes de renda A, B ou C. São mais de 36 milhões de famílias ou 120 milhões de brasileiros. Esta é a boa notícia, mas há uma notícia subliminar que poucos estão atentos.
Se o País por um lado tem mais de 120 milhões de brasileiros vivendo como classe média ou acima disto, por outro lado ainda há 80 milhões de pessoas que não atingiram o patamar médio de nível de renda brasileiro. São muitos brasileiros, muitas famílias ainda que terão que ser “resgatadas” pelo crescimento econômico. Outro problema pouco debatido pelos analistas é o fato de que a distribuição de renda é ruim, principalmente quando olhamos a diferença entre os Estados da União.
Como se pode notar facilmente, a discrepância entre regiões é enorme, sendo que o Centro-Oeste tem uma distribuição de famílias por classe de renda semelhante à média do Brasil. Norte e Nordeste ainda não podem ser consideradas regiões de maioria de famílias classe média. Essa constatação nega, em grande parte, o senso comum de que o consumo estaria migrando para as regiões mais pobres do País. O consumo está sim migrando e evoluindo, porém esse fenômeno é mais forte no Sul e Sudeste do Brasil, com claros indícios de que está se interiorizando nos Estados destas regiões.
Quando a análise é aberta por Estado o quadro fica ainda mais evidente: São Paulo continua a despontar como o Estado de maior potencial de consumo e aquele que tem a maior proporção de famílias com rendas que as enquadre da classe C para cima. Sendo também o Estado com o maior número de famílias, a maior população (cerca de 14 milhões de famílias e 40 milhões de pessoas) fica fácil entender