Renascimento
O Renascimento foi um movimento intelectual e cultural que iniciou na Itália, por volta do século XIV, como resultado das relações comerciais entre mercadores italianos de Veneza e Gênova com bizantinos e árabes. Mas, não ficando restrita à Península Itália, o movimento logo se espalhou por toda Europa.
O Renascimento recebeu esse nome porque seus integrantes buscavam um renascer da cultura da Antiguidade Clássica Greco-romana. Os renascentistas acreditavam que no Mundo Clássico havia existido uma cultura livre da religiosidade medieval. Também acreditavam que a antiguidade havia representado o auge da história da civilização ocidental. Por isso, centenas de livros latinos e gregos passaram a ser lidos vorazmente pelos adeptos do movimento. Ao entrarem em contato com o pensamento racionalista grego, os renascentistas romperam definitivamente com a visão de mundo religiosa e supersticiosa da Idade Média.
Assim, a principal característica do Renascimento foi sua busca por compreender a humanidade como um todo. Preocupação, aliás, que orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião, que passaram a colocar o ser humano no centro de suas pesquisas (antropocentrismo, do grego, antropos = ser humano). Por isso, a ideologia surgida no centro do movimento foi chamada de Humanismo.
No que se refere às artes, o Renascimento teve por característica principal a busca por representar a realidade em sua mais bela forma. Por isso, o desenvolvimento das técnicas de perspectiva e profundidade, o impressionante realismo das obras e a ampliação das técnicas de sombreamento com luz e sombra ganharam grande espaço nas produções artísticas. O objetivo dos artistas era reproduzir a realidade exatamente como o autor a enxergava. Com isso, as representações da figura humana adquiriram solidez, majestade e poder, refletindo o sentimento de autoconfiança de uma sociedade que se tornava muito rica e complexa, com vários níveis e classes sociais.