A Igreja Católica era a instituição mais poderosa da Idade Média. Esta conseguiu manter-se mesmo depois da desorganização produzida pelas invasões e ao enfraquecimento do Império Romano do Ocidente. A Igreja Católica formou nas pessoas uma maneira de pensar, fez com que elas tivessem um pensamento religioso e se voltassem mais para Deus. A Igreja pregava que as pessoas deveriam desprezar a vida terrena. Os costumes dessa sociedade medieval eram influenciados pelo dilema da vida após a morte, pelo destino da alma. O medo da morte e o medo do inferno eram de grande valia para o comportamento do homem daquela época. Este buscava formas de conseguir perdão para os seus pecados para não ser condenado ao inferno. Essa sociedade marcada pelo pensamento religioso era ensinada pela Igreja que era necessário praticar boas ações e doar bens e terras para ser perdoado dos seus pecados. Com o passar dos anos, a doação de terras foi diminuindo e foram surgindo outras formas de receber o perdão divino, como peregrinação aos lugares considerados santos, a autoflagelação e compra de indulgências. A Igreja Católica estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade. As pessoas deveriam ser passivas, subordinadas, desvalorizar a vida terrena e passar a pensar mais na vida após a morte, deveriam ser humildes, bondosas, obedecer ao evangelho e propagar a fé. Esse era o modelo do homem que teria o céu como destino segundo a Igreja. A Igreja Católica, durante a Idade Media, foi sim o principal agente controlador da população, que instituía suas regras e leis que deveriam ser seguidas sem questionamento. Porém não é correta a visão de que a Igreja era uma instituição única e homogênea. Além da hierarquização da Igreja (em que o papa era considerado a autoridade máxima), havia uma divisão entre o clero secular e o clero regular. Essa divisão se explica da seguinte maneira: O constante envolvimento da Igreja com questões políticas e econômicas acabou abrindo portas