Renascimento portugues
A subida ao trono do Mestre de Avis marca o início de uma nova época em Portugal. Novas perspectivas na evolução social, económica, política e cultural estavam em curso e marcariam o início de um novo período histórico, cultural e artístico que irá caracterizar o Renascimento em Portugal. Intensificaram-se os contactos com a Europa, o que proporcionou a Portugal receber as maiores influências dos diversos centros renascentistas da Europa, como era o caso da Itália e da Flandres, que viriam a contribuir para a consolidação dos ideais renascentistas no País.
Por sua vez, a descoberta de novos mundos e o contacto com outras civilizações levaram a uma miscigenação cultural que se reflectiria, essencialmente, na arte. O contacto com as civilizações de África e do Oriente levou à importação de numerosos objectos de cerâmica, têxteis e mobiliário, de madeiras preciosas, marfim ou seda que, por seu turno, levaram ao surgimento de novas formas artísticas resultantes dos intercâmbios culturais entre a Europa, a África e o Oriente, através dos portugueses.
Os Descobrimentos desempenharam um papel muito importante na definição do Portugal renascentista. A base da economia portuguesa continuava a assentar na agricultura, extracção de sal, pesca, nas actividades que favoreciam as exportações de vinho, azeite, fruta, mel, sal, cortiça e madeira. A estes produtos juntam-se o comércio de novos produtos como o açúcar, o ouro, a malagueta, o marfim e, mais tarde, as especiarias orientais, pérolas, sedas, entre outros.
A intensificação do comércio levou, por sua vez, ao aparecimento de uma nova classe - a burguesia comercial - possuidora de uma avultada soma de capitais e a qual viria a desempenhar um importante papel no