Remuneração e competências
“Remuneração e competências: retórica ou realidade.”
O artigo discorre sobre a relação entre práticas de remuneração e a noção de competências mediante a análise de um modelo organizacional.
A gestão da remuneração nas organizações se traduz na operacionalização de programas e estruturas de pagamento que podem ser identificadas com base em dois eixos: o modelo tradicional tem como referência o cargo para a consolidação dos planos de cargos e salários, baseados na mensuração do valor relativo do cargo e do valor pago pelo mercado e o modelo estratégico, que tem como principio central o reconhecimento da contribuição das pessoas como fator a ser remunerado, principalmente por meio dos programas de remuneração variável.
O artigo assume uma crescente utilização da noção de competências como referência para a gestão de pessoas, devido principalmente a inovação tecnológica e o aumento da competição global. Pode-se reconhecer uma tendência a considerar as competências humanas como um dos principais fatores que, não passíveis de imitação, asseguram a vantagem competitiva das organizações, sendo assim as competências das pessoas que compõem a empresa, aliadas a outros recursos, dão origem e sustentação à competência organizacional. Por competência entende- se, segundo a visão americana, como a capacidade que a pessoa traz para a situação de trabalho, enfatizando que a competência individual é necessária, mas não suficiente para o desempenho efetivo no trabalho. A visão europeia, privilegia a identificação de perfis que são a base para programas de formação e certificação de competências dando ênfase às tarefas relativas aos cargos, sendo a definição de “competências” relacionada aos resultados esperados, traduzidos por indicadores de desempenho exigidos pela estrutura