Remuneração por habilidades e competência
Manuel Carlos Domingues Lopes
“Uma Abordagem Estratégica na Atração, Retenção e Gestão de Talentos”
O conceito de remuneração por habilidades e competências surge na década de 60, nos EUA e Canadá, com a Procter & Gamble Co. e se difunde por outras organizações. A partir dos anos 70, com o surgimento do conceito de maturidade para profissionais, outras empresas começam a desenvolver este novo conceito de remuneração, capaz de alinhar suas estratégias organizacionais às suas políticas de recompensas pelo desempenho de cada profissional.
Em 1979, a Petroquímica Shell em Sarnia, Canadá, implanta este conceito para todos os seus colaboradores. A partir dos anos 80, com a difusão do conceito em diversos setores (Manufatura, Serviços e Comércio), aumenta o interesse de novas empresas neste arrojado sistema de remuneração.
Com o crescimento em vários setores na economia, o aumento da demanda por profissionais qualificados incentiva o desenvolvimento de novas habilidades técnicas para novas atividades, principalmente nos setores de informática e biotecnologia.
Em 1993, uma pesquisa, conduzida por Edward Lawler III, constata que 12% das empresas na lista das 1000 maiores da Revista "Fortune" aplicam alguma forma de remuneração baseada em habilidades de seus funcionários.
No Brasil, este conceito somente é discutido em universidades até os anos 90, sendo que em 1995 a Dupont e a Copesul são as pioneiras a implantar um sistema de remuneração baseadas em competências e habilidades. A partir de então, diversas outras empresas começam a procurar soluções criativas para remunerar seus funcionários, pois o conceito de funcionário especialista começa a perder força e surge o funcionário generalista, aquele funcionário que, além de deter conhecimento técnico em suas atividades-fins, agrega outras habilidades para a realização de outras atividades relacionadas a seu cargo.
Com esse aprimoramento, as empresas passam