Remoção Moradores do HORTO Rio de Janeiro
Departamento de Geografia
Disciplina: Geografia da População
Professor: Milleo
Remoções da população do Horto Florestal - RJ
Lais Volpe Martins
Felipe Delfino
Claudio Gonçalves
Niterói
Dezembro
2013
INTRODUÇÃO
A Geografia é a ciência responsável pela análise e interpretação das relações entre homens e Natureza, que resultam na organização e nas formas do espaço material, que são passiveis de transformações através da técnica e do modo de vida, portanto, da conjuntura sócio-histórica. Assim, o território deve ser entendido como uma construção social que integra as dimensões político-econômicas somadas as simbólicas, culturais e identitárias capazes de levar a apropriação do espaço vivido. Nesse trabalho analisaremos como as contradições da última etapa técnica-científica-informacional do capitalismo materializam-se no espaço através da análise do conflito entre a população tradicional residente no bairro do Horto, na cidade do Rio de Janeiro, e o Instituto Jardim Botânico representante das forças hegemônicas.
O sistema mundo moderno-colonial originário da expansão comercial do capitalismo europeu, através da consolidação dos Estados Modernos e da colonização imperalista das outras regiões do globo, estruturou desde seu início a formação sócio-espacial brasileira. Nessa perspectiva, a cidade do Rio de Janeiro ainda hoje, continua sendo palco das transformações do capitalismo, sofrendo as reestruturações espaciais, levadas a cabo pelo Estado, necessárias a acumulação ampliada e a maior velocidade de fluidez do fluxo de capitais. A ocupação começou efetivamente com a produção manufatureira do açúcar e do modelo agroexportador, passando para o sistema fabril e industrial, para no presente atender as necessidades do mercado imobiliário, especulativo e da industria internacional do turismo. No que diz respeito a região analisada, ao contrário do que prega o discurso hegemônico difundido pela