Removendo Camadas
Quem já descascou uma cebola conhece pelo menos duas coisas sobre este procedimento.
Uma é que nos faz chorar.
A segunda é que a cebola possui várias camadas que percebemos após retirarmos a casca.
Fazendo uma comparação conosco, seres humanos, veremos que temos algo em comum com as cebolas. Temos a nossa casca que é a nossa forma de ser atual – física e mentalmente. Por detrás desta casca podemos identificar que somos, tal qual uma cebola, formados por várias camadas que foram sendo geradas ao longo de nossas vidas.
Tudo pelo que passamos até hoje, todas as experiências vividas, deixaram alguma marca. Estas experiências podem ter sido boas ou não, o problema é quando estas marcas, estas camadas que foram geradas, passam a atrapalhar o nosso desenvolvimento pessoal, mental e espiritual.
Quando nos apegamos mais vezes às camadas negativas nossa jornada fica mais difícil, mais morosa quando deveria ser plena e feliz.
Um exemplo disto é quando queremos realizar algum projeto de vida e uma destas camadas nos impede de concluir ou mesmo de começar este projeto.
Imagine que na nossa infância tínhamos um pai, ou mãe, que demonstrava não se abalar por nada, de resolver tudo como se nada fosse difícil, como se a palavra problema ou dificuldade não existissem para eles – falo aqui da percepção que poderíamos ter na época e não da forma como o pai/mãe realmente fosse.
Olhando para este ente querido víamos um “ser superior”, um super-herói invulnerável. E nós, que estávamos no início da nossa caminhada, cheios de dúvidas e problemas que não sabíamos como resolver.
Se estas pessoas tão próximas de nós, que nos amavam tanto e vice-versa, não tinham uma aproximação maior conosco para conversar, para nos entender, para nos orientar, podemos ter construído uma camada que vou batizar de “O OUTRO É SEMPRE MELHOR DO QUE EU” ou podemos apelidá-la de “ELES CONSEGUEM E EU NÃO”.
Se esta camada não for removida, ela, com certeza, irá