remedios no lixo
O desenvolvimento das ciências farmacêuticas e o crescimento acelerado da população mundial resultou no aumento da variedade e quantidade de medicamentos produzidos (MARGONATO; THAMSON; PAOLIELLO, 2008). Consequentemente houve um aumento na geração de resíduos oriundos de atividades desenvolvidas em estabelecimentos e instituições de saúde, bem como do uso e/ou descarte indiscriminado de medicamentos de uso doméstico, apresentando problemas que afetam a saúde pública e também o meio ambiente GIL et al., (2007).
Apresenta-se aqui alguma das causas da geração de resíduos de medicamentos, o desenvolvimento da indústria farmacêutica, que hoje disponibiliza milhões de substâncias com o propósito terapêutico, remeteu um grave problema ambiental e vem tendo atenção e preocupação nas agências controladoras do ambiente, Filho et al. (2007). Bila e Dezotti (2003) ressaltam que os fármacos são desenvolvidos para serem resistentes, mantendo suas propriedades químicas para servir os propósitos terapêuticos, porém estudos mostram que 50% a 90% de dosagens dos fármacos quando excretados permanecem inalterados e persistem no meio ambiente e isso pode resultar danos ambientais; existe também o descarte indiscriminado, como não existe informação disponível para a população sobre o correto descarte de medicamentos, a maioria das pessoas descarta os medicamentos em qualquer lugar, como por exemplo no lixo, vaso sanitário, na pia dentre outros. A sociedade necessita compreender que os medicamentos não são feitos para virarem lixo, mas infelizmente os medicamentos que sobram após o consumo, acabam em aterros sanitários, lixões, esgotos e até nas ruas. (MARQUES; TOMÉ; MARTINS, 2011).
Segundo (HOPPE; ARAÚJO, 2012), a realidade e o conhecimento da população é um assunto distante da sociedade, pois em seu estudo 70% nunca foram orientados sobre o assunto. O estudo de Ueda et al. (2009), 88,6% afirmaram usar o lixo doméstico para descartar seus resíduos farmacológicos,