Rema 2
CARLOS HENRIQUE MAIOLA
Doutorando em Engenharia de Estruturas da EESC-USP
1 INTRODUÇÃO Por reservatórios, do ponto de vista estrutural, serão denominadas todas as estruturas que tenham a função de armazenar líquidos. Em face de sua predominância, serão tratados aqui apenas os “Reservatórios para Armazenagem de Água”. Os primeiros reservatórios de que se tem notícia, segundo KIRBY et al (1956), foram as cisternas construídas em rochas sãs, datadas do século 25 a.C., por uma civilização que posteriormente tornou-se a comunidade Grega. Esses construtores projetaram um sistema de captação de água de chuva que era mantida limpa, armazenada em cisternas, e utilizada em salas de banho. No Brasil, em 1880, segundo TELES (1984), foi inaugurado no Rio de Janeiro o grande reservatório de Pedregulho, com capacidade para 80 milhões de litros, utilizado para o sistema de abastecimento de água da cidade, construído em alvenaria de pedra, com arcadas e tetos abobadados que até hoje causam admiração. Esse reservatório, com mais quatro outros em vários pontos da cidade, concluídos em 1877 e 1878, constituíram o grande sistema de abastecimento de água planejado pelo Eng. Jerônimo de Moraes Jardim. Como se pode ver, desde do século 25 a.C., este tipo de estrutura tem sido utilizada, o que gerou uma gama de tipos de reservatórios, os quais utilizam diferentes concepções, formas, sistemas construtivos etc. Outros utilizam materiais diferentes do convencional concreto armado, como argamassa armada, alvenaria estrutural e concreto protendido. Em vista desta numerosa tipologia, mas sem nenhuma perda de generalidade, o objetivo deste trabalho foi a elaboração de um texto básico, que forneça orientação para a execução dos projetos estruturais de reservatórios, porém tratando de um caso particular, o dos reservatórios de concreto armado moldados in loco, cujas cubas[1] tenham formas paralelepipedais, isto é, sejam formadas por lajes e paredes