Relógio de Hiroshima

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No texto, o autor Boris Kossoy fala sobre a ideia de que a fotografia possa ter uma representação de máquina do tempo, pois o produto da fotografia é uma imagem que gera uma memória, assim, trazendo de volta as lembranças, vendo uma fotografia podemos viajar ao passado.

A câmara fotográfica e o relógio são instrumentos íntimos, ou seja, bastante próximos em comparação, quase que amigos, pois o tempo é ligado à fotografia de uma certa forma em questão de tempo. Com a fotografia, um objeto pode ter sua imagem perpetuada, pode ser compartilhada para sempre, mesmo sendo de uma determinada forma registrada, pode ser usada como uma forma de memória.

A fotografia teve uma evolução de simples imagem para algo essencial e histórico. A imagem pode ser definida como o processo de leitura e interpretação de fontes históricas, a sua compreensão de acordo com o contexto cultural, político, econômico e religioso em que elas foram criadas e divulgadas, e a consciencialização da intencionalidade da sua criação e divulgação pública pelas instituições e pessoas contempla não apenas compreender a imagem real, mas também os modos pelos quais damos ou encontramos sentidos quando com elas estabelecemos diálogos e silêncios.

A fotografia sempre será interpretada depois de ter sido realizada, ao longo do tempo elas vão ser interpretadas de alguma forma. O risco da fotografia é registrar um fato, mas no final não ter o significado, passar a informação real sobre o ocorrido, transmitindo uma falsa informação. A função da fotografia é registrar o real, e reconstituir é essencial, as imagens fazem isso e aprendemos muito com elas, toda fotografia possui uma história.

Falando sobre o relógio de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, aconteceu o famoso bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, um evento que virou um grade símbolo da destruição em massa. As imagens revelam não só uma representação, revelam seus sentimentos, expressam um verdadeiro sentimento de medo e

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