Religiões: Existem pontos em comum?
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Na virada do sculo XIX para o XX instalou-se no Brasil um verdadeiro pluralismo religioso com a introduo de uma multiplicidade de crenas e ritos pertencentes s mais distintas tendncias religiosas e seitas. Este pluralismo religioso, ainda que tenha conhecido tenses, favoreceu novos ciclos de troca com a incorporao de novas crenas e ritos, ampliando o processo de sincretizao. Nas ltimas dcadas, no somente no Brasil como em todo o mundo, o espao religioso vem se modificando e, desta transio, os processos sociais e simblicos de construo da subjetividade tnico-religiosa de diferentes grupos passaram a emergir com grande fora. Tais mudanas, entretanto, no se deram apenas externamente na relao que estabelecem com e no espao pblico com outras religies, mas tambm internamente aos grupos religiosos envolvidos. Neste cenrio contemporneo, por um lado, os movimentos religiosos se mostraram cada vez mais fechados em suas integridades identitrias enquanto, por outro lado, se voltaram para a busca de um discurso cada vez mais cientfico da religio, numa tentativa de coligao da religio cincia. Sendo antes de tudo um fenmeno humano, a religio e a sua possibilidade de ser plural permitiu ao homem o desenvolvimento de novas representaes simblicas em termos de categorias espaciais, sociais e tnicas, representaes estas provenientes do fluxo entre fronteiras religiosas. A partir desta premissa, possvel prever aspectos comuns a elas, sobre os quais as religies se universalizam e, em seu desvelar mais profundo, se encaminham para um mesmo destino a verdade. O primeiro aspecto pode ser relacionado crena em uma ou mais Divindades, criatura(s) suprema(s) criadora(s) da vida sobre a(s) qual(is) os indivduos depositam a sua F, podendo esta figura surgir com um carter onipotente e onipresente dentro da crena religiosa. Neste sentido, em geral, h tambm a necessidade de um mediador entre esta criatura e homens, cuja funo contempla a comunicao entre o supramundano e o mundano, no mpeto de