Religião e sociedade na américa portuguesa
Quando o Brasil foi descoberto e – 30 anos depois – colonizado, já pensava-se na catequização dos indígenas que aqui viviam. Tal catequização era uma forma de garantir a submissão religiosa dos índios e da população local e de combater os avanços do protestantismo, iniciado em 1517.
Em 1591 inaugurou-se o Tribunal da Inquisição, uma instituição católica cujo objetivo era combater os saberes eruditos que se contrapunham ao catolicismo e perseguir as manifestações culturais e religiosas dos grupos populares rebeldes. Tal Inquisição causava temor na sociedade colonial, já que qualquer denúncia – mesmo que falsa – podia levar à morte.
A população criou uma resistência a opressão católica, dando origem ao Sincretismo Religioso, que era a mistura de tradições diferentes e até mesmo opostas, como o catolicismo europeu absorvendo o candomblé africano, proveniente dos escravos. Essa mistura gerou um novo “todo”.
A religiosidade do Brasil colonial foi bem diferente da Europa e pode ser exemplificada pelas Irmandades Leigas, que eram sedes de devoção, pois construíam e mantinham templos e de assistência, já que davam assistência aos que a ela se associavam, fossem brancos, negros ou mestiços. Tais irmandades foram muito importantes já que significavam a saída da sociedade da marginalidade e a garantia de um sepultamento decente. Foram ainda responsáveis pela formação do Barroco Mineiro, um movimento artístico e literário que abrangeu não só o Estado de Minas, mas também o restante do Brasil.
As famílias na sociedade colonial eram – na grande maioria – consideradas patriarcas, tanto no meio rural quanto no meio urbano. Em uma Família Patriarcal, o pai possuía a autoridade sobre o restante da família e ele era responsável em manter a linhagem e a honra da família. Outra estrutura, e não menos importante, porém em menor escala, era a Família Nuclear, onde a autoridade familiar se estende à esposa e aos filhos do homem da casa.