Religião, rituais e mitos
Antropologia se sente como uma mãe que acolhe todos, acata os sentimentos e as visões de todas as religiões.Segundo Durkheim (o sociólogo francês que tanto contribuiu para os estudos sobre a religião) " toda a religião é verdadeira".
A palavra religião vem do latim re-ligare que quer dizer mais ou menos o sentimento de voltar a algo que está ligado a natureza do homem, o qual ele teria perdido.
A Antropologia por mais modesta que queira ser, sem almejar decifrar o mistério religioso, não pode se omitir sobre a realidade desse sentimento, da realidade sobre o sagrado, presente em todas as culturas. Pouco se discute sobre o que é sagrado em si, a não ser o contraste com o profano.
O SAGRADO E O PROFANO
Qualquer uma pessoa entra numa igreja, experimenta algo que pode ser chamado de sagrado, enquanto entra num bar tem algo de profano. A igreja diz a respeito a coisas religiosas e o bar a coisas mundanas, e em cada uma dessas situações se comporta de um jeito diferente. Ao sagrado cabe o silêncio, respeito e reverência, enquanto que o profano cabe a barulheira, irreverência e bagunça.
Para Durkheim sagrado é tudo aquilo que no fundo, surge do sentimento que junta as pessoas e as faz sentir como se pertencessem umas as outras, em uma comunhao de identidade coletiva, que está acima de cada indivíduo. O profano é aquilo corriqueiro que pode ser compreendido e calculado pelo interesse individual. O sagrado é aquilo que a cultura, como coletividade, reconhece como merecedor de respeito e reverência porque toca a todos. Durkheim viu nisso a origem social do sentimento religioso. Assim, a religião derivaria do sentimento de pertencimento do individuo ao coletivo.
RELIGIÃO COMO INSTITUIÇÃO
A religião como instituição quer dizer um conjunto de crenças em torno do sagrado, um modo de realizar essas crenças, isto é, rituais próprios, instrumentos ou locais próprios, e na grande maioria dos casos, especialistas que se comunicam com os entes