Religião nos dias atuais

A partir das perguntas "Qual é a sua religião?" e "Como você se relaciona com as demais religiões?" fomos às ruas de São Paulo para entrevistar os mais diferentes tipos de pessoas, a fim de descobrir as tendências religiosas atuais.

Ao longo das entrevistas, percebemos que a maioria dos jovens não possui uma religião determinada e sim, acredita em alguma força superior ou mistura diversas crenças para que se possa "criar" uma religião, ou filosofia de vida, que se adeque à sua realidade. Desse modo, as "novas religiões" seriam mais flexíveis ao ritmo e aos valores contemporâneos, impelindo menos regras e rigidez, ao contrário das religiões tradicionais, que possuem normas deveras exigentes, as quais são um pouco impossíveis de serem praticadas na sua totalidade devido ao modo de vida da sociedade atual.

Por outro lado, a geração mais antiga, se mostrou mais tradicional, correspondendo às nossas expectativas, já que, há algumas décadas as religiões eram supervalorizadas e assim, possuíam mais fiéis. Todavia, ao mesmo tempo em que nessa faixa etária mais avançada existem muitas pessoas que são adeptas às religiões tradicionais, existem também muitos que se encontram desiludidos em relação às instituições religiosas devido principalmente às injustiças sociais e à desigualdade no meio urbano.

Em relação à tolerância religiosa, todos os entrevistados se mostraram extremamente complacentes às demais religiões, contanto que sua própria religião ou estilo de vida não fosse criticado, ou julgado. Contudo, observa-se que religiões que muito possuem em comum como o catolicismo e o protestantismo continuam ainda a se mostrar distantes uma da outra, não verificando assim o ecumenismo em nosso meio, tendendo sempre a serem separados por suas diferenças e nunca unidos por suas semelhanças.

Essa reflexão se encaixa ao que foi dito pelo "hippie" entrevistado, Antônio José da Silva, mais conhecido como "Piauí Ecologia", o qual afirmou que o que