religião budista
O Budismo não pode ser classificado como Religião, pois não há o culto de uma divindade; seria mais correto qualificá-lo como uma filosofia espiritualista. Buda não é uma pessoa, é um título que vários mestres já usaram, e significa “aquele que sabe” ou “aquele que despertou”, identificando alguém que atingiu um nível superior de compreensão do universo e transcendeu a condição humana. A filosofia derivada dos sermões de Buda foi levada a todo o Oriente e, ao se mesclar com a cultura de cada região criaram-se correntes diversas de pensamento budista, que diferem mais nos ritos do que nos conceitos básicos:
Budismo Indiano: o budismo original na Índia sofreu mudanças após vários concílios, onde correntes progressistas desejavam levar a filosofia de forma mais aberta ao resto do Oriente. Criaram-se então as correntes Theravada (ou pequeno veículo, um budismo ortodoxo, purista, de sacerdócio altamente selecionado) e o budismo reformado ou Mahayana, o gande veículo, que foi levado à China e Tibet.
Budismo Chinês: estabeleceu-se dos séculos I a IV, mesclado ao Taoísmo, e atingiu seu ponto máximo nos séculos VII a IX. Foi perseguido pelos Confucionistas e Taoístas a tal ponto que, hoje, praticamente inexiste.
Budismo Japonês: chegando a um país altamente hierarquizado, o budismo foi assimilado com características de formalidade e ritualismo, e se tornou a religião do Estado. No período Nara (710-794) esteve restrito aos monastérios e homens instruídos. No período Meian (794 –1185) mesclou-se com os conceitos Xintoístas originais do Japão, e de certa forma se tornou mais fácil de ser veiculado entre a população. No período Kamakura (1192-1333) surgiu então o budismo puramente japonês, conhecido como ZEN, com ideais filosóficos, normas sociais e uma arte própria.
Budismo Tibetano: chamado também de Lamaísmo, é o budismo Tântrico, introduzido no Tibet no século VII, e varrido pelos conquistadores