Religiosidade colonial entre os séculos XVI – XVII Práticas Judaizantes na colônia
Práticas Judaizantes na colônia
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Departamento de História
SÃO PAULO
2012
“em fermosura de ti Adonai, nosso deos exalçado sobre nós e sobre os feitos de nossas mãos Adonai, sabaho, sobre nós a conta do alto a sombra do abastado maris rei, Adonai meu gñde abriguo, minha penha, meu castello o Sñor me livrará de... de laço em campado de mortandade arrebatosa debaixo de suas asas me estaziarei alança e escudo de nossa uerdade... Adonai aquém o alto pos suas moradas não chegarão amy maldades nem praguas amy nem aminhas carxerras (!) nem aminhas tendas porque os anios... rogam que eles roguem ao Senhor por my sobre palmas me alçarão na refolharia (!)... cacho som pee cacho cobri chamarvos-ei respondermeeis disse Adonai, serei conuosco em as angustias, serei conuosco em as tenebras de alongamento de dias vos fartareis daruos ei minha saluaçam de Adonay de Adonay sera com nos ame”. Diogo Teixeira.
Introdução
Brasil, séculos XVI e XVII. A descoberta de um “novo mundo” mexeu com a imaginação de todos que foram tocados por essa experiência e, não menos, de todos que só ouviram falar e/ou ficaram sabendo de tal fato. Fato ainda mais assustador quando observado junto as transformações e necessidades em jogo na época, da mentalidade de uma população transitória entre idade Medieval e Moderna. Levando a interpretação de tal fato as vezes pelo lado bom (edenização) e as vezes pelo lado ruim (demonização)1, Colocando o novo mundo em um patamar de ambiguidade e desconfiança. Em relação a Portugal temos alguns autores que falam em uma revolução intelectual, uma extensão do renascimento europeu devido à tamanha mudança2. Obviamente a esfera religiosa não poderia deixar isso de lado, inclusive porque um