Relações sociais e serviço social
Antonia Flaviana da Silva
Resumo do capítulo 2 do livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil.
O surgimento da questão social está relacionado à propagação do trabalho denominado livre, no lugar do trabalho escravo. As circunstâncias históricas do Brasil, revelam-se economicamente e socialmente destoante da relação Capital X Trabalho proposta pelo novo modelo de produção. A exploração abusiva da mão-de-obra e a luta desenvolvida pelo operariado para sociedade burguesa aparecem como uma ameaça a seus valores, a partir de então surge desta classe a necessidade de estabelecimento de um controle social. A relação que antes somente era estabelecida na esfera mercantil passa agora através de regulamentação jurídica do mercado, a ser responsabilidade do Estado. Através das lutas de movimentos sociais na década de 20 pela cidadania social é que as condições de precarização do trato com o proletariado torna-se pública as diversas classes da sociedade brasileira. Sendo assim as referidas classes subordinadas ou aliadas ao Estado e Igreja, são obrigados a situar-se frente a questão Social. Aqueles movimentos refletem e são elementos dinâmico das profundas transformações que alteram o perfil da sociedade a partir da progressiva consolidação de um pólo industrial, englobando-se no conjunto de problemas que se colocam para a sociedade naquela altura, exigindo profundas modificações na composição de forças dentro do Estado e no relacionamento deste com as classes sociais.
Somado aos movimentos sociais, a visibilidade dada a questão social é fruto da formação da classe operária e de sua entrada no cenário político. Logo a questão social passa a ser compreendida como a contradição antagônica entre a burguesia e o proletariado. Com a crise do comércio internacional em 1929, o movimento de outubro de 1930 todos os segmentos da sociedade são profundamente afetados, a pressão exercida pelo proletariado nestas conjunturas