Relações interpessoais no trabalho
Vários estudiosos da área de Gestão de Pessoas destacam e analisam a importância das relações interpessoais para as organizações. Alguns desses autores são mencionados nos próximos parágrafos, juntamente com alguns dos vários tópicos por eles abordados, aqui referidos por sua pertinência com o tema do presente estudo.
Bowditch e Buono (1992) afirmam que, à medida que os estudos da administração e das organizações evoluíram, o foco da atenção foi gradualmente deslocado de uma ênfase nos fatores físicos e estruturais para as relações e interações humanas. Essa evolução resultou numa tendência para análises integradas do comportamento e da estrutura nos níveis individual, grupal, organizacional e 16 interorganizacional. Daí a centralidade do tema comportamento organizacional e, conseqüentemente, do estudo das relações interpessoais nas organizações. Os autores dedicam reflexões importantes às relações intergrupais, destacando a questão da interdependência e os conflitos entre grupos. Entre tais reflexões encontra-se uma afirmação importante para o presente estudo, que trata das relações entre servidores e terceirizados do TCU: “sempre que houver interação entre dois grupos, forma-se uma interface, a qual cria um novo contexto dentro do qual os grupos precisam ser compreendidos” (BOWDITCH e BUONO, 1992, p. 109).
Wagner e Hollenbeck (2000) dedicam um capítulo do livro “Comportamento
Organizacional” ao estudo da interdependência, característica que se desenvolve entre as pessoas e grupos que trabalham numa mesma organização, e ao estudo das relações entre os papéis que as pessoas desempenham nas relações interpessoais.
Os autores esclarecem que os papéis se configuram a partir das expectativas desenvolvidas pelas pessoas, ao longo da convivência, em relação ao comportamento das outras. Nesse capítulo, afirmam que “quando a qualidade das relações é alta, as organizações são