relações homoafetivas
A classe social dificulta as possibilidades de estabelecimento nas relações homoafetivas e de redes homossociais, que são essenciais para se desenvolver uma identidade como gay ou lésbica, o que não significa que homossexuais de classe baixa não tenham condições de se relacionar com pessoas de mesma orientação sexual. A renda de classes mais baixas torna muito difícil a independência econômica de um indivíduo homossexual que depende da família, pois a visão estigmatizada que a sociedade brasileira possui deste individuo dificulta sua inserção no mercado de trabalho. Em famílias de classe baixa a aceitação em alguns casos, é um pouco mais tardia do que em famílias de classe alta, talvez por pouca escolaridade daquela, por sua visão mais conservadora, enquanto que nestas há uma visão mais ampla do assunto e uma mente mais aberta. Pode-se concluir a partir da pesquisa realizada por Bianca Wild, que de duas mil pessoas entrevistadas, 60% que são contrários á união civil entre homossexuais estudaram apenas até o 5º ano do ensino fundamental, enquanto que apenas 40% com nível superior são contrários á união, é perceptível que quanto menor o grau de instrução, maior a rejeição contra homossexuais. Gays e lésbicas de classe alta e média geralmente podem ter o luxo de manter um apartamento para encontros com seus companheiros, frequentar locais melhores e que lhe proporcionem mais segurança, o que não significa que os mesmos não irão sofrer preconceito. Infelizmente no Brasil existe uma maior probabilidade de aceitar o “gay rico” e marginalizar a “bicha pobre”.
A liberdade familiar cresceu nos últimos anos, a maneira como os pais e filhos se relacionam melhorou bastante, entretanto para a maioria dos pais aceitarem que seus filhos sejam homossexuais leva certo tempo, ou não aceita. Como por exemplo, o caso recente no Rio de Janeiro do pai que matou seu filho de oito anos que nem aos menos teve a