relações etnicos raciais
Cashmore, Ellis
Dicionario de relações etnicas e raciais / Ellis cashmore com michel banton...[et al.] ; [ tradução : Dinah Kleve]. – são paulo : Summus, 2000.
O que torna a questão racial algo tão dificil de tratar, tão refratário a qualquer tipo de política, programas ou medidas conhecidas? Mais de trinta anos após a primeira legislação criada para atenuar os efeitos da discriminação, ainda encontramos provas evidentes de racismo na vida pública e privada.
A politica segregacionalista, que se manteve durante muito tempo depois do fim da escravidão, deixou uma marca indelével nas instituições , costumes crenças, linguas, culinária etc. Isso era de se esperar, no entanto , não tão compreensível, porém, foi a mudança ocorrida na consciência, no enfoque, na mentalidade. Era como se os negros e brancos estivessem olhando o mundo por prismas inteiramente diferentes.
Aqueles desejos de explicar essa diferença com base na natureza, em oposição ao fenômeno social, encontrariam sustentação na pesquisa de Richard Herrnstein e Charles Murray, publicada em 1994 sob o título de The Bell Curve. O debate provocado por por Herrnstein e Murray teve inicio na década de 1960, com Arthur Jensen, que alcançou a desonra internacional após publicar os resultados de sua pesquisa num respeitável jornal científico, o Harvard Educational Reviw. Seu desejo era, mais especificamente, testar a inteligência de três grupos de crianças: brancas, negras e latinas. Suas conclusões “confirmaram as suposiçoes “ dos racistas a procura da verdade: os caucasianos são mais inteligentes que outros grupos, considerados raças, e a razão disse reside na biologia – não há nada a fazer a respeito: os negros são naturalmente inferiores.
[ Mais tarde Munrray defende que , a natureza pode ser injusta na distribuição dos genes para o talento, mas não determina nossos destinos, ou seja foi um meio de desculpar o que ele e seu parceiro teriam causado,