RELAÇÃO
No Brasil, até o início século XX, a Assistência Social era pautada na filantropia e na caridade. Neste sentido, as práticas de assistência eram de responsabilidade da Igreja, com as Santas Casas de Misericórdia. Uma vez que os problemas sociais não eram vistos como questão social, mas, como problema moral e religioso. Neste sentido, a pobreza era atribuída ao individuo, como fruto da sua incapacidade.
A formulação de um sistema de proteção Social no Brasil ocorreu no período compreendido entre 1930 a 1943, período este marcado por grandes transformações socioeconômicas, pela passagem do modelo agroexportador para o modelo urbano industrial, neste período o Estado passa a assumir algumas responsabilidades sociais no campo da educação, saúde, previdência entre outros. Entretanto, a proteção social era restrita a algumas categorias trabalhistas.
Na Previdência são instituídos os IAPs – Instituto de Aposentadorias e Pensões, que se expandem e passam cobrir um número maior de trabalhadores. Os IAPs cobriam riscos ligados a perda de capacidade laborativa (velhice, morte, invalidez e doença), uma vez que esses benefícios e serviços eram mantidos de acordo com a contribuição dos trabalhadores, das empresas, bem como do Estado. Os IAPs, instituídos com a Lei Eloi Chaves na década de XX, substituíram as CAPs – Caixas de Aposentadorias e Pensões, de acordo com Bravo,
As CAPs, eram financiada pela União, pelas empresas empregadoras e pelos empregados. Elas eram organizadas pelas empresas, de modo que só os grandes estabelecimentos tinham condições de mantê-las. Os benefícios eram proporcionais às contribuições e foram previstos; assistência médica-curativa e fornecimento de medicamentos, aposentadoria por tempo de serviço, velhice e invalidez, pensão para os dependentes e auxílio funeral. (BRAVO, ET AL, 2009, P. 88).