Relação Mídia x Esporte (e seus megaeventos)
Estive em Fortaleza no último dia 21 de julho, quarta-feira, participando de uma mesa cuja a proposta era discuti as política de mega-eventos dos governos federais e estaduais junto aos alunos e professores de educação física que participavam do seu XXXI Encontro Nacional. A mesa foi em um ginásio de esportes do curso de educação física da Universidade Federal do Ceará, Campus do PICI. Presentes em torno de 600 participantes, num total de quase mil.
A parte que me cabia, sugerida pela ementa que me foi enviada pela Comissão Organizadora, dizia respeito a "fazer uma crítica aos meios de comunicação e sua influência na opinião pública, perpassando pela discussão de ideologia, controle social, poder e comunicação no que se refere à Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas no Brasil. Trazer elementos para a discussão sobre a manipulação das informações e como a mídia burguesa contribui para formar opinião e transmitir valores".
Iniciei conceituando mídia e situando a mesma, me valendo do Venício Lima, como um partido político, já que a mesma: a)constrói a agenda pública; b) gera e transmiti informações políticas; c) fiscaliza as ações de governo; d) exerce a crítica das políticas públicas e e) canaliza as demandas da população. (LIMA, 2006, p. 56).
Esses elementos são preocupantes, já que alguns indicadores apontam que somente um de cadabrasileiro entre 15 e 64 anos conseguem entender as informações de textos mais longos e relacioná-los com outros dados e 30% dos brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais ou "alfabetizados rudimentares" que não conseguem, por exemplo, entender as orientações escritas por um médico.
Por que preocupante? Porque simplesmente 58% dos brasileiros declaram ter na televisão sua principal fonte de informação política (Vox Populi, 2006). Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, indica que 95,1% dos domicílios brasileiros possuem aparelho de televisão. Portanto,