Relação mãe-bebê
Instituto de Psicologia
O QUE APRENDEMOS COM AS MÃES E OS BEBÊS.
Revendo o conceito de HOLDING Winnicott em 1940 surpreende a comunidade científica quando afirma que “essa coisa a que chamam bebê não existe”, completando ao considerar que: “cada vez que há um bebê há cuidados maternais” e “sem cuidados maternais não haverá bebê” (Winnicott, 1988, p. 98).
Achamos interessante iniciar o trabalho com tal citação, pois consideramos que retrata bem o que viemos trabalhando ao longo das aulas nessas primeiras semanas da disciplina de Desenvolvimento Humano II. Fugir do senso comum; demonstrar que não só o bebê é dependente de sua mãe, mas que sim há uma interdependência mãe-bebê. Conversamos muito intensamente sobre a relação mãe-bebê e eventualmente sobre a relação pai-bebê, que ás vezes é posta em segundo plano pelo fato de não haver um necessário contato físico, mas que, quando há uma vontade de envolvimento, torna-se igualmente importante à relação maternal. Nesse contexto, lendo sobre esse assunto e pensando nas relações maternais e paternais que já observamos durante a vida, chegamos à conclusão de que, na existência de uma gestação e, consequentemente, de um bebê a caminho, não é só um ser humano que se prepara para nascer, e sim três pessoas: um pai, uma mãe e um bebê. Como vimos no livro “As Primeiras Relações” de Brazelton e Cramer (1992), durante os nove meses de gestação é que o homem e a mulher que geraram aquela criança se preparam para serem pais e, dessa forma, concluímos que eles também estão sendo gestados: assim como o feto está em gestação para se tornar um bebê, o homem e a mulher que fecundaram aquele óvulo estão em gestação para tornarem-se pais, passando por tantas transformações quanto o bebê, sendo as deles de natureza psicológica, e a do feto, predominantemente, de natureza biológica.
Brazelton e Cramer (1992, pág.18) afirmam: “No desejo de ter um filho, a mulher experimenta uma forma