Relação entre repetência e expectativa materna acerca do futuro escolar de seus filhos
VANIN, Andressa Ribeiro¹; DAMIANI, Magda Floriana²
¹ Bolsista de Iniciação Científica – FAE/UFPel dessavanin@gmail.com
² Bolsista de Produtividade CNPq – PPGE/FAE/UFPel – flodamiani@gmail.com
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo estudar a relação entre repetência e expectativa de mães acerca da escolaridade de seus filhos, quando eles tinham 11 anos de idade. Os sujeitos da pesquisa fazem parte do Estudo Longitudinal das Crianças Nascidas em Pelotas (RS), em 1993, que vem acompanhando todos os 5,304 nascidos nos hospitais da cidade (ou amostras deles) no nascimento e nas idades de um, três e seis meses; e um, quatro, 11 e 15 anos (VICTORA et. al., 2006). O fracasso/sucesso escolar são fenômenos que merecem ser estudados por sua importância para o sistema educacional brasileiro. O trabalho acerca do rendimento escolar dos integrantes do Estudo Longitudinal dos Nascidos em Pelotas (RS), em 1982, realizado por Bast e Damiani (2008), mostra aumento de 25,7% na taxa de distorção série/idade (indicador indireto de reprovação) no ensino fundamental, na zona urbana, entre os anos de 2001 e 2005. Os percentuais cresceram de 42,5% para 68,2%. Em relação ao ensino médio, também na zona urbana, os percentuais passaram de 33,7% a 35,2%, significando um aumento de 1,5%, nesse mesmo período. Informações como essas indicam que tem fundamento a preocupação dos dirigentes em relação à reprovação. A expectativa materna acerca da escolarização de seus filhos com idades entre 10 e 12 anos foi estudada por Marini e Mello (2000), em um pequeno número de famílias de classe popular. Esse estudo sugere que a figura materna é central na vida escolar das crianças, mesmo quando o máximo que façam seja mandar os filhos para a escola. Por outro lado, Santos e Graminha (2005), comparando as expectativas maternas quanto ao futuro de seus filhos, em diferentes grupos